Patrono: Jorge Andrade
Ex-Membro da Cadeira 27
Email: escritorluizinhobastos@gmail.com
BIBLIOGRAFIA
Memórias de um Poeta (Poesia) – 1990;
Caçador de Sonhos (Poesia) – 1992;
Brasil – Faces e Vozes (Poesia) – 1993;
Reforma Íntima do Ser – Vol I e II (Psicologia e Esotérico – 1994;
O Mensageiro do Amor (Poesia) – 1995;
Universo Feminino (Poemas e Mensagens) – 1999;
Vocação de Infinito (Poemas e Mensagens) – 2000;
A Emocionante Aventura da Vida – Vol I e II (Crônicas – Auto-ajuda) – 2002;
Minúcias, Ecos Ecológicos – Uma Jornada em Defesa do Meio Ambiente (Ecologia) – 2007;
Motivação Todos os Dias (Auto-ajuda) – 2008;
Mensagens de Vida e Belas Inspirações – 20 anos de Literatura (Mensagens – 2009);
Mensagens para datas comemorativas (Mensagens) – 2010;
O Cântico dos enamorados – 2012;
Insights pelos Caminhos de Deus – 2013.
Pronunciamento de apresentação de Luiz Carlos Bastos de Oliveira, na sessão de posse da Academia de Letras da Grande São Paulo, proferido por Ana Maria Guimarães Rocha.
Ilustríssima Acadêmica Senhora Gioconda Labecca, digníssima Presidente da Academia de letras da Grande São Paulo;
Dignas Autoridades presentes;
Distintos Acadêmicos presentes;
Senhoras e Senhores.
Apresentar Luiz Carlos Bastos de Oliveira nos remete a um túnel do tempo, pois cada um de nós, amigos, familiares, escritores, vizinhos, colegas de trabalho, temos na memória fatos que vivenciamos com ele, momentos partilhados, alegrias divididas, sonhos combinados, recomeços, esperanças renovadas, hora fomos ouvintes e hora desabafamos com ele, junto por várias épocas das nossas existências.
Há muitos anos trabalho na Prefeitura de São Caetano do Sul. Eu relembro que por volta de 1994, Luizinho Bastos procurava a Assessoria de Cultura para obter espaço para lançamento de livros, e depois disso sempre oferecendo um exemplar de sua autoria, nunca desistindo do seu sonho de se tornar um escritor de renome, almejando trabalhar em locais culturais que desenvolvessem serviços em torno de escritores e livros, o que conseguiu em 2002, através de um contrato com a Secretaria Municipal de Cultura, sendo lotado na Biblioteca Municipal, no Complexo Educacional.
Este poeta Caçador de Sonhos, que há 20 anos, age como um Mensageiro do Amor, cuja Reforma Intima do Ser é sempre para melhor, que transita como ninguém no Universo Feminino, nesta Emocionante Aventura da Vida, por este Brasil: de Faces e Vozes, fazendo a sua jornada em defesa do meio ambiente gerar Ecos Ecológicos, Minúcias, Quimeras e Madrigais, com Vocação do Infinito, que é de onde vem sua força e capacidade, para gerenciar e divulgar suas produções literárias, sempre como aprendiz, enobrece sua arte e seus pares, usando sua sabedoria, inteligência e inspiração para o bem sempre reelaborando sua cultura pessoal, e atento como profissional as tendências mundiais e exercitando a convivêncialidade, com verdadeiras Mensagens de Vida.
Em 2002 quando promoveu lançamento na Biblioteca Municipal Paul Harris, eu disse na abertura do evento, que sua obra primeira caminharia por São Caetano do Sul, depois pelo nosso país e ganharia o mundo. Palavras proféticas, pois através do seu trabalho, galgou espaço nas Editoras Paulinas, que mantêm livrarias por todo o Brasil; e a partir de 2004 seus livros Ecos Ecológicos, Motivação Todos os Dias e Mensagens de Vida e Belas Inspirações foram expostos na Feira de Frankfurt, na Alemanha, sendo que, este último está sendo traduzido para o espanhol pelas Paulinas Colômbia, para ser distribuído por toda a América Latina.
Participou de várias antologias e concursos, compõe, e já lançou um CD com declamações, sendo também consultor editorial, sendo membro da Academia Popular de Letras desde 2005.
Parabéns Luizinho Bastos, parabéns Dona Ritta Bastos Dias, sua progenitora, que tão bem o educou, parabéns Gioconda Labecca, por abrir as portas da Academia de Letras da Grande São Paulo, para que ele transite entre tantos autores de prestígio, o que o enriquecerá e a este espaço.
Temos certeza que ele preservará sua humildade, continuando, simples, amigo, perseverante, atuante, motivador, com seu amor pela escrita, por nossa cidade e por Deus, nunca deixando de escrever com paixão.
Parabéns Hoje!
Felicidade e Sucesso Sempre!
Ana Maria Guimarães Rocha
Pronunciamento de Posse de Luiz Carlos Bastos à Academia de Letras da Grande São Paulo, em 31 de Maio de 2012, na Cadeira 27, Patrono Jorge Andrade.
Ilustríssima Acadêmica Senhora Gioconda Labecca, digníssima Presidente da Academia de Letras da Grande São Paulo;
Excelentíssimo Senhor Professor Walter Figueira Junior, Vice-Prefeito, neste ato representando o Excelentíssimo Senhor Doutor José Auricchio Junior, Prefeito Municipal de São Caetano do Sul;
Ilustríssimo Senhor Eledir Volpon, digníssimo Secretário de Educação de Santo André;
Ilustríssimo Senhor Professor Raimundo Taraskeviscius Salles;
Dignos Acadêmicos;
Queridos familiares e amigos;
Senhoras e Senhores.
Inicio o meu pronunciamento nesse momento mágico da minha vida, dedicando a solenidade desta noite à minha mãe Ritta Bastos Dias, em memória ao meu pai Luiz de Oliveira Dias, que me acompanharam desde o início da minha trajetória literária, presenciando tantos desafios e conquistas. Meus pais são as principais testemunhas de tudo o que idealizei com amor à literatura.
Contemplo a minha gratidão a Deus – O Maior dos Poetas – pela vocação que me confiou para cumprir a minha missão: “Tudo o que vivo é motivo para escrever. Escrevo para fazer as pessoas felizes.” Minha vida é escrever…
Quando lancei meu primeiro livro, confesso que não imaginava produzir tanto, embora uma força superior revelava-me insights que me estimularam a persistir. De repente, nos momentos inusitados entre inspirações e imaginações, flagrava-me com a caneta entre os dedos, o olhar parado, o espírito viajante e vigilante (hoje isso acontece em frente ao computador, mas não dispenso a caneta).
Compenetrado nos meus textos e ao mesmo tempo vivendo novas experiências, comecei a buscar definições sobre a figura do poeta, a performance do escritor, os caminhos estreitos e gloriosos que um autor escolhe percorrer, afinal a vida é feita de escolhas e também de renúncias. E envolvido nas diversas definições e alusões sobre a missão do escritor, percebi que estava no caminho certo, logicamente sem querer me comparar com os grandes mestres da literatura.
Sustentei com garra e perseverança uma constante produção de livros que me permitiram experimentar situações dramáticas, inusitadas e emocionantes. Prossegui no universo imaginário das letras caçando sonhos, cruzando fronteiras, ultrapassando limites, correndo riscos, realizando ideais e, sempre focando novos horizontes, conquistei um espaço iluminado no mercado editorial para desenvolver e difundir meus projetos, minhas atividades, minha obra literária.
Confesso-lhes que passa um filme na minha mente ao mentalizar tudo que vivi e realizei nessa longa jornada. “Cativei amigos, conquistei amores, arrumei intrigas, sofri dissabores. Vi gente chegar, vi gente partir. E rimando essas e outras a alguns eu fiz chorar, a outros eu fiz sorrir”. “Minha vida é como um teatro com cenários, luzes, figurinos. Contracenam comigo muitos atores num palco de estrelas e destinos”.
Uma célebre frase do Mestre Jesus sempre me advertiu: “A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”. Quando é designada uma missão para nós, não podemos nos omitir, não podemos voltar atrás e temer. O nosso lugar na história é insubstituível, se o recusarmos, o espaço ficará vazio. Nascemos predestinados para cumprir uma missão. Essa concepção ocorre magistralmente nos gêneros e estilos literários. A obra nasce no universo, o escritor é escolhido para materializá-la, depois simplesmente a abandona para ser imortalizada na magia do tempo.
Nessa linha mestra da vida espalhei minhas sementes, contei histórias, declamei poemas, deixei saudades, chorei, sorri, sonhei e continuarei produzindo a minha obra. Sinto-me hoje como estivesse iniciando minha carreira e ao mesmo tempo muito feliz por tudo que realizei, produzi e continuarei construindo no meu patrimônio cultural, principalmente por ser querido entre tantas pessoas também queridas, que fazem parte da minha história. Todas essas pessoas que conhecem as minhas obras literárias e acompanham a minha trajetória são testemunhas que “poeta nasci e poeta sempre serei, sendo poeta aprendi que poeta morrerei.” Eu também escrevo outros gêneros, alguns escritos inéditos ainda guardo com sete chaves: contos, romances, infanto-juvenis… Aguardem as novidades.
Prometo que vou escrever a minha autobiografia. Somente eu poderei escrevê-la. E vocês fazem parte da minha história.
Meu Patrono: Jorge Andrade
Na solenidade desta noite tão especial, venho tomar posse à Cadeira de Número 27 – curiosamente publiquei meu primeiro livro com 27 anos – que tem como Patrono Jorge Andrade, escritor e dramaturgo paulista, um dos mais talentosos autores da poesia cênica, da dramaturgia brasileira, que brilhou nos palcos entre diversos panoramas da vida ligada à herança cafeeira, dedicando-se posteriormente a temas contemporâneos à sua época, e ligados à vida contemporânea. Coincidentemente em um período da minha trajetória, atuei numa peça teatral infantil, unindo literatura com teatro. Foi uma das mais belas experiências que tive em minha vida.
Jorge Andrade nasceu em 21 de maio de 1922, na cidade Barretos, São Paulo. Começou sua carreira após ser apresentado, na década de 1950, à atriz Cacilda Becker. Ela o incentivou a escrever para teatro. Mas ele queria ser ator, e aí Jorge entrou para a Escola de Arte Dramática da USP.
Estreou profissionalmente como dramaturgo em 1954, com “A Moratória”, conquistando o Prêmio Saci. Seguiram-se várias peças de sucesso, como “Vereda da Salvação” e “Pedreira das Almas“. Publicou, em seguida, a compilação do seu ciclo dramático, “Marta, a Árvore e o Relógio“, narrando a formação da sociedade paulista e brasileira. Entretanto, o seu maior sucesso teatral, a peça “Os Ossos do Barão“, permanece até hoje, mais de quatro décadas depois, como uma marca de qualidade dos bons tempos do Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC. Sua estreia na televisão foi com a telenovela “Os Ossos do Barão“, em 1973. Era uma adaptação que fundia duas peças: “A Escada“ e “Os Ossos do Barão”. Tornou-se polêmico e incompreendido com “O Grito”, em 1975.
Em 1978 publicou o romance autobiográfico “Labirinto“, e, em 1979, escreveu “Gaivotas“ para a TV Tupi, trabalho que lhe valeu o prêmio de melhor escritor de televisão do ano conferido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Seus últimos trabalhos para a televisão foram na TV Bandeirantes, na década de 1980, com “Os Adolescentes“, “Ninho da Serpente“ (um de seus maiores êxitos) e “Sabor de Mel“, sua última novela, estrelada por Raul Cortez e Sandra Bréa.
Considerado um clássico da dramaturgia moderna, Jorge Andrade é objeto de diversas teses acadêmicas e ensaios que investigam aspectos inovadores de sua grande e diversificada obra. Críticos e ensaístas famosos exaltaram o conjunto de sua obra única na literatura teatral brasileira.
Os sérios conflitos que manteve com o ambiente familiar, especialmente seu pai, que não aceitava nele a existência de um artista, motivaram Jorge Andrade a refletir, anos depois: “Então minha verdade saiu da terra, cresceu e ultrapassou a mata. Percebi como devia ser maravilhoso compreender, interpretar e transmitir!”
Podemos imaginar quantos desafios e indecisões foram superados por Jorge Andrade, optando pelo caminho da arte e da literatura. Assim como ocorrem com todos os artistas, de modo especial, os escritores que enfrentam e resistem à desmotivação e à rejeição, permanecendo incompreendidos, porém, somente reconhecidos durante ou após a sua projeção no cenário cultural.
Logicamente, a obra de Jorge Andrade imortalizou-se também em livros. Podemos apreciá-las nos acervos das bibliotecas e na memória que transcende na linha do tempo. Jorge Andrade ganhou prêmios importantes, emocionou plateias, descobriu novos talentos, escreveu sua história na literatura e na dramaturgia brasileiras. Jorge Andrade faleceu em 13 de março de 1984, em São Paulo.
É uma honra tê-lo como meu patrono na Cadeira de Número 27. Eu o reverencio com emoção, prometendo a mim mesmo me espelhar na sabedoria e na originalidade de suas obras e personagens, afinal, a vida é um teatro, nós somos os personagens, e as cortinas se abrirão todas as manhãs sob à brisa risonha que nos aponta o futuro, o novo e o belo.
Do fundo do meu coração, quero agradecer à Digníssima Presidente Gioconda Labecca, por me conceder essa preciosa oportunidade ocupando a Cadeira de Número 27, na Academia de Letras da Grande São Paulo. Agradeço à minha família, à minha irmã Andréa que vive na Espanha, aos amigos, aos leitores, todos que acompanham a minha vida literária. Agradeço a Editora Paulinas que me projetou no mercado editorial. Hoje tenho leitores no Brasil e no exterior. Vou continuar sendo o Luizinho Bastos de sempre: simples, amigo, inquieto, andarilho, silencioso, pensativo, ousado, persistente, romântico e idealista. Eu não desisto nunca!
Peço a Deus que me ilumine com sabedoria, humildade e prudência. Peço a Deus também que continue me inspirando porque meus livros são importantes para as pessoas e para o mundo. Saudações literárias! Sou uma pessoa feliz! Minha vida é escrever! Muito obrigado! Deus abençoe a todos!
Luizinho Bastos