Mariah Morais

FOTO 01 - DR

Mariah Morais

Patrono: Gonçalves Dias
Cadeira 31


BIOGRAFIA


BIBLIOGRAFIA


Pronunciamento de apresentação de Mariah Morais na Academia de Letras da Grande São Paulo, proferida pelo Acadêmico Sebastião Geraldo F. Gomes

               

Excelentíssima Sra. Maria Zulema Cebrian, digníssima Presidente da Academia de Letras da Grande São Paulo,

Participantes da mesa,

Digníssimos Confrades e Confreiras,

Digníssimas Autoridades aqui presentes,

Caros parentes e amigos que nos prestigiam,

Senhoras e Senhores.

“Quero, neste momento, prestar os meus sinceros sentimentos à família do nosso saudoso colega, o confrade Clóvis Roberto dos Santos, o professor Clóvis, que nos deixou pelo seu falecimento. Que Deus o tenha!”

É com enorme satisfação e prazer que lhes apresento a novel acadêmica, Mariah Morais, cujo princípio fundamental é o compromisso com as letras e o respeito ao nosso idioma.

A arte literária, em forma de prosa ou verso, motiva-nos a encarar a realidade da vida. Uma forma pura e simples de manifestarmos os nossos sentimentos sobre tudo que nos rodeia, falamos de amor, de amizade, de paz, de compreensão e daquilo que nos é caro e prazeroso.

Uma cadeira da Academia, ocupada por um escritor, fortalece o compromisso com a Literatura pela riqueza e beleza que nela se enseja e onde podemos compartilhar nossos pensamentos.

Por esse motivo este sodalício recebe com carinho e satisfação a novel acadêmica, Mariah Morais, que certamente engrandecerá, ainda mais, a nossa Academia.

Conheci Mariah por meio de sua prima, Marcia, que faz parte do meu convívio profissional. Conversando com ela, acabei por conhecer os escritos de Mariah e me empolguei à medida que lia e me inteirava de suas obras. Sugeri apresentá-la à nossa Academia, e ela aceitou prontamente. Fiquei feliz!

Daí em diante cumpriram-se rigorosamente os atos legais e é com grata satisfação que hoje será integrada à nossa Casa.

Mariah Morais é Jornalista por formação e Comunicadora por excelência, cuja prioridade é a informação em coerência e conformidade com os fatos. Sua capacidade na arte da informação fez com que a Televisão Aberta a descobrisse e reconhecesse nela sua grande capacidade. Daí para frente passou a abrilhantar as nossas conquistas esportivas com exuberante atuação.

Mariah Morais foi a primeira comentarista feminina a aparecer na Televisão Aberta e obteve enorme sucesso, consolidando sua capacidade como comunicadora. Outras comentaristas femininas se seguiram a ela, tornando a prática comum.

Como Jornalista, participou de duas Copas do Mundo, sempre brilhando em suas atuações. Foi assim que ela conheceu o nosso glorioso craque, Capitão da nossa Seleção Brasileira, “o cem por cento”, pentacampeão Cafu, um vencedor. E pela sua trajetória vitoriosa em todos os campos do mundo conquistou benesses inomináveis para o nosso povo. E hoje nos honra com a sua presença, abrilhantando a nossa noite.

Além de participar em duas copas do mundo, Mariah também esteve presente em onze Libertadores da América, sempre com atuação brilhante. E, em quase todas elas, estava o Santos Futebol Clube, só para lembrar.

Mariah Morais é também excelente palestrante, possui grande conhecimento em variadas áreas. Por sua facilidade de comunicação e pela sua sensibilidade, tornou-se Ativista Humanitária, levando esperança aos mais necessitados e estando sempre presente nas mais variadas ocasiões.

Presidente do Instituto Brilhante, Mariah é responsável por inúmeras ações em prol de áreas que sofreram e sofrem prejuízos por abalos ambientais, catástrofes e de locais de extrema pobreza, cujo sofrimento das pessoas nos enche de complacência.

Quero ressaltar que o Instituto Brilhante é uma organização sem fins lucrativos, criada com finalidade social, cujo Embaixador é o Senhor Marcos Evangelista de Morais — Cafu. Atua para minimizar o sofrimento das pessoas carentes e motiva os jovens sem recursos a se tornarem, por meio de práticas esportivas, brasileiros vencedores.

Dentre as Obras de Mariah, destacamos, entre outras:

– O Menino e o Anjo;

– A Fada Ruth e o Castelo de Diamantes;

– A Saga Cafu;

– Quebra das Correntes; e

– Alta Maré.

Obrigado a todos por me ouvirem e um grande abraço à nossa querida Mariah Morais.

Bem vinda!

CADEIRA CATIVA

A minha cadeira cativa

é meu assento de honra e glória!

É onde eu tenho o que me motiva

a escrever a minha história.

A vida sempre faz a gente

escolher caminhos a seguir

e mesmo encontrando espinhos pela frente

não nos detemos para onde queremos ir.

Longe, longe enxergo uma luz!

É para lá que vou inda que me custe.

Um caminhar difícil, mas que me induz

a percorrer as linhas do meu ajuste.

Apenas quarenta cadeiras eu vejo,

mas cada uma delas conta histórias

repletas de amor, luta, desejo…

Porém, ali se concentram as memórias.

Ao tomar assento em uma delas

senti meu coração exultar!

Senti o soar dos sinos nas capelas

e aquela música no ar.

Falava de fadas, bruxas, magias,

falava de príncipes, também de encantos.

Eu sentia na alma as alegrias

dos poucos em meio a tantos.

Sim, as cadeiras somam apenas quarenta

e, felizmente, em uma delas tenho assento.

É por isso que meu pranto não se aguenta

de vê-las vazias neste evento.

Mas eu creio num futuro exultante,

pois vejo nas sutilezas do destino

a nova alma que chega nesse instante

como um gigante carregando um menino.

Sente-se nesta cadeira, Mariah,

e a honre em constante presença.

Não abandone esse assento que lhe dá

a gloriosa Academia e faça a diferença.

Sebastião G. F. Gomes

 

Pronunciamento de Posse de Mariah Morais à Academia de Letras da Grande São Paulo, em 23 de junho de 2022, na Cadeira 31, Patrono Gonçalves Dias.

Ilustríssima Acadêmica Senhora Maria Zulema Cebrian, digníssima            Presidente da Academia de Letras da Grande São Paulo,

Ilustríssimo Acadêmico Senhor Sebastião Geraldo Ferreira Gomes, meu      padrinho,

Digníssimos Confrades e Confreiras,

Digníssimas Autoridades presentes,

Queridos pais, esposo, parentes, amigos,

Senhoras e Senhores:

Boa noite, agradeço a cada um de vocês, que estão aqui para compartilhar comigo esse momento tão especial em minha vida.

Eu que vivo do que falo e escrevo, não encontro palavras para expressar minha emoção. Desde os primeiros anos de vida, os livros foram os meus melhores amigos. Através da leitura, ou melhor, da literatura, fiz as melhores viagens da minha vida. Conheci a Bahia e toda a sua mística, com Jorge Amado, inspirei-me na determinação de Cora Coralina, tive uma cadelinha imaginária chamada Baleia, vinda do seco sertão de Graciliano Ramos e fui anarquista graças a Deus, com Zelia Gatai. Como Machadiana que sou, fui apaixonada por Bentinho e senti ciúmes de Capitu, mas essa paixão durou pouco, um vento me levou para o Sul, através de um tal Érico Verissimo e bastou um único encontro com um certo capitão Rodrigo, para ele ganhar de vez o meu coração.

Antes de falar sobre o meu patrono, cito meu mestre maior na arte de criar. Sua simplicidade, irreverência, amor pelo Nordeste e pela nossa cultura popular me fizeram acreditar que, se eu não me preocupasse em impressionar e, sim, retratar minhas emoções, de uma maneira que inspirasse tantos outros, talvez pudesse ser escritora. Meu muito obrigada a Ariano Suassuna. Disse à presidente que não escolhi Gonçalves Dias, ele me escolheu. Antônio Gonçalves Dias, um poeta por excelência, teve importante atuação como jornalista, sendo relevante, também, para o teatro brasileiro. Gonçalves Dias estudou muitos anos fora do Brasil e, nesse período, escreveu a sua principal obra: Canção do Exílio. Um dos trechos desse memorável poema encontra-se em nosso hino Nacional: “Nossos bosques tem mais vida, nossa vida mais amores”.

O autor escreveu esse texto na primeira fase do romantismo nacional, onde se exaltava muito a religiosidade e a natureza. Meu patrono, assim como eu, valorizava as emoções, deixava claro seu amor e respeito ao povo indígena. Faleceu novo, aos 41 anos, em um naufrágio. Uma perda irreparável para nossa cultura; tínhamos tanto para sonhar através do seu talento… Hoje, tendo-o como inspiração, nesta Academia, repito as palavras ditas por Machado de Assis, o pai da nossa literatura, no dia da partida de Gonçalves Dias:

Só me resta espaço para aplaudir”.

Seguirei seus passos e honrarei seu nome. Para finalizar, não poderia deixar de agradecer a pessoas essenciais para que eu pudesse chegar aqui. Começo agradecendo a nossa  Presidente Maria Zulema Cebrian, a Marcia Arlete, que me apresentou a Sebastião, hoje meu colega, ao grupo Calloni, aos meus pais, que sempre sonharam meus sonhos, incentivando-me em todos os momentos, aos meus filhos, que me inspiram todos os dias, as minhas irmãs Fatima e Donia, ao Guilherme Azevedo, que ilustrou lindamente as minhas palavras nos livros “O menino e o Anjo” e “A Fada Ruth e o Castelo de Diamantes” e, finalmente, ao Marcos Evangelista de Morais, nosso Capitão, que me ofereceu o melhor presente que uma escritora aspirante a biógrafa pode receber: uma história linda, repleta de amor, fé e perseverança. Obrigada, Cafu!

 

Trecho extraído do livro “A Fada Ruth e o Castelo de Diamantes”

(…) Nessa hora a menina ficou vermelha de vergonha. Será que ele sabia o que ela estava pensando a seu respeito?

— Sei, sim! — confirmou o simpático Sebastião. — Vou lhe explicar uma coisa, diferente do seu mundo, aqui na floresta, somos eleitos reis simplesmente por nossa sabedoria, independentemente da cor da nossa pelo, e não precisamos morar em um castelo para sermos importantes e respeitados.

— Desculpe, rei Sebastião, sinto muito.

— Não precisa ficar assim, você não tem culpa. Enquanto observava vocês duas, vi a sombra do preconceito a seu lado.

— Como assim?

— Infelizmente, onde você vive existem muitas pessoas que não acreditam que o valor do ser humano esteja em seu coração, e vivem procurando coisas materiais com que avaliam os outros. Por isso, mais do que pedir desculpas, é preciso que você comece a rever suas atitudes daqui pra frente. Aproveite essa oportunidade que recebeu de presente . agora, vamos comer e descansar, amanhã vocês terão um longo dia pela frente.

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